Rebanho das Almas
Já não deslizam com muita freqüência,
como velhas fragatas em tempos revoltos
Envolvidos em ousadia, em mares remotos,
ou marchas concisas em terras suspensas,
as almas do mundo já não encontram silêncios
Já não lembram dos ecos, dos prismas
e nem são guardiões de vales ainda perdidos
E se hoje se econtram em corpos, o cais da vida,
são como velhos marujos, corroídos de dor
Hoje, coitadas, rasgam significados para um tempo perfeito,
se enfrentam com astúcia nos mares do amor
e se tocam caladas em noites, onde os sonhos se vão
Já calam com fúria as alegrias da paz
Tempos modernos, passado esquecido,
não buscam a morte, mas se assustam, um vício
e já irritam nas súplicas pelas misericórdias que barganham
Se quer encontrá-las, olhe atentamente os reflexos dos corpos,
ainda vagam tranqüilas pelos esgotos da vida.
um dia de setembro
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