O embrião e a Luz
Começam circundando caladas;
Construções em ruínas, arestas, montanhas
Distanciam-se vagarosamente dos sonhos mais remotos
Afiam-se as lâminas que cortam o mundo
Repartem um impulso coletivo.
O final. O ponto. Um baque doloroso para a noite.
Encontram-se rapidamente, legiões sem comando;
Espalham-se como amores em brasa.
Um assombro pela onipresença
Une-se o invisível ao meu olhar
Beijando suavemente como um amante apaixonado
Vira-se, rasga-se em unidade;
Espelha-se de braços abertos o semi-eterno.
Um tufão engole as estrelas opacas;
E espalham os seus naturais instintos,
Se foram perfeitas suicidas
Já não ousam mais cair.
A tristeza e seu antagonismo
Nuvens sem face apontam o norte;
Mistura-se com a permissividade de um futuro.
Um buraco estreito da morte;
A natureza e os sinos ecoam,
Perdendo-se no tom abaulado do seu azul.
Encontrem-me no horizonte.
Apontem o oposto.
Estou aqui, impávido.
Nasce mais um dia.
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