06 outubro, 2006

Pobre

Se a casa sucumbir a chuva,
ou ousar sucumbir ao descaso
Ou se a casa cair por acaso,
Proponho construir sem atraso
Uma casa dessas, abertas, sem frestas

Onde eu e você
Depois do sim
Depois das festas
Vivermos com capim na boca
De bocas abertas

Mas se a casa ainda insiste
E se voce ainda é triste
Saiba que meu amor ainda é forte
E esse vento que desmancha seu cabelo
carrega nossa sorte

Prometo que agarro um emprego
Um terno, um cigarro
Um amparo
Prometo alegria, sutileza
Paz e tristeza

Prometa-me nada mais que o acaso