Aos que passam frio
Navego em aguas calmas
Entre corpos de meninos de rua
Entre tantas calçadas
Me sentindo impotente
Diante do esplendor e o desespero
Respiro entre a fluencia de suas línguas
Entre a renascença e o aborto
Entre a lápide e o esgoto
Abro o mundo a minha volta
A razão se incomoda
A minha palavra, o meu desespero
Meu mundo e meu medo
Me cortam como não tivessemos chão
Pai, pão
Mãe, irmão
Nos equilibramos entre o céu a terra
Me vejo na horizontal
No ultimo quebrante
Na noite em que tudo vira ouro
Num passe da mais negra força
Nos olhos da mais linda moça
Serpente de louça
26 outubro, 2006
06 outubro, 2006
Pobre
Se a casa sucumbir a chuva,
ou ousar sucumbir ao descaso
Ou se a casa cair por acaso,
Proponho construir sem atraso
Uma casa dessas, abertas, sem frestas
Onde eu e você
Depois do sim
Depois das festas
Vivermos com capim na boca
De bocas abertas
Mas se a casa ainda insiste
E se voce ainda é triste
Saiba que meu amor ainda é forte
E esse vento que desmancha seu cabelo
carrega nossa sorte
Prometo que agarro um emprego
Um terno, um cigarro
Um amparo
Prometo alegria, sutileza
Paz e tristeza
Prometa-me nada mais que o acaso
Se a casa sucumbir a chuva,
ou ousar sucumbir ao descaso
Ou se a casa cair por acaso,
Proponho construir sem atraso
Uma casa dessas, abertas, sem frestas
Onde eu e você
Depois do sim
Depois das festas
Vivermos com capim na boca
De bocas abertas
Mas se a casa ainda insiste
E se voce ainda é triste
Saiba que meu amor ainda é forte
E esse vento que desmancha seu cabelo
carrega nossa sorte
Prometo que agarro um emprego
Um terno, um cigarro
Um amparo
Prometo alegria, sutileza
Paz e tristeza
Prometa-me nada mais que o acaso
Geometrias
Pelos espaços em branco
harmonia,
Tu
Casa objetiva-
Perfeição retilínea
A terra e a lógica do dia
Eu
Inquilino da lua
Profundo
Os sentidos e as quebras do dia
Instensidade
Densidade
A idade
Claridade
Amizade
As frases
As fases
As pazes
Em toda discordancia
Uma ansia
A distancia
Nossa leve infancia
Um brinde
A tudo que se cansa
A tudo que se lança
A tudo que se avança
A tudo que se alcança
Pelos espaços em branco
harmonia,
Tu
Casa objetiva-
Perfeição retilínea
A terra e a lógica do dia
Eu
Inquilino da lua
Profundo
Os sentidos e as quebras do dia
Instensidade
Densidade
A idade
Claridade
Amizade
As frases
As fases
As pazes
Em toda discordancia
Uma ansia
A distancia
Nossa leve infancia
Um brinde
A tudo que se cansa
A tudo que se lança
A tudo que se avança
A tudo que se alcança
05 outubro, 2006
Tardizim
A preta sussurra ao pé da serra:
- cade o moleque encardido?
A planta do pé está preta
Atrás da orelha está nem se fala
A enxada enconstou-se pelo dia
As nuvens sairam de fininho
O vento faz que não é com ele
O sol segue o seu caminho
O morro se espalha na gritaria
Atrás do capim cor de canela
Uma velha se aproxima da janela
Vive vida de vizinha
Menino se esconde da preta
Sente que todo tempo do mundo
Se estende ao infinito
Está tomando o leite da vaca: na teta
A preta sussurra ao pé da serra:
- cade o moleque encardido?
A planta do pé está preta
Atrás da orelha está nem se fala
A enxada enconstou-se pelo dia
As nuvens sairam de fininho
O vento faz que não é com ele
O sol segue o seu caminho
O morro se espalha na gritaria
Atrás do capim cor de canela
Uma velha se aproxima da janela
Vive vida de vizinha
Menino se esconde da preta
Sente que todo tempo do mundo
Se estende ao infinito
Está tomando o leite da vaca: na teta
04 outubro, 2006
Varal dos sonhos
Enquanto esse cotidiano superficial
Crava suas raízes no meu íntimo
Minha alma – ah, esse algo instável
Finca morada no varal dos sonhos
De onde os ventos de meus pensamentos
Roçam resignados às passagens rotas de minha vida
À parte as marcas deixadas em meu rosto cansado
Em parte reflexo de um coração inerte
Na alma ainda sinto a razão e seu sofrimento latente
E essa profusão se esvai sem deixar vestígios, fuligem ou lembranças
Nela apenas se constrói vagarosamente
Imensas catedrais, supremas
Templos de minha fé profunda no nada
Absolutamente.
Enquanto esse cotidiano superficial
Crava suas raízes no meu íntimo
Minha alma – ah, esse algo instável
Finca morada no varal dos sonhos
De onde os ventos de meus pensamentos
Roçam resignados às passagens rotas de minha vida
À parte as marcas deixadas em meu rosto cansado
Em parte reflexo de um coração inerte
Na alma ainda sinto a razão e seu sofrimento latente
E essa profusão se esvai sem deixar vestígios, fuligem ou lembranças
Nela apenas se constrói vagarosamente
Imensas catedrais, supremas
Templos de minha fé profunda no nada
Absolutamente.
03 outubro, 2006
02 outubro, 2006
Aos que passam frio
Navego em aguas calmas
Entre corpos de meninos de rua
Entre tantas calçadas
Me sentindo impotente
Diante do esplendor e o desespero
Respiro entre a fluencia de suas línguas
Entre a renascença e o aborto
Entre a lápide e o esgoto
Abro o mundo a minha volta
A razão se incomoda
A minha palavra, o meu desespero
Meu mundo e meu medo
Me cortam como não tivessemos chão
Pai, pão
Mãe, irmão
Nos equilibramos entre o céu a terra
Me vejo na horizontal
No ultimo quebrante
Na noite em que tudo vira ouro
Num passe da mais negra força
Nos olhos da mais linda moça
Serpente de louça
Navego em aguas calmas
Entre corpos de meninos de rua
Entre tantas calçadas
Me sentindo impotente
Diante do esplendor e o desespero
Respiro entre a fluencia de suas línguas
Entre a renascença e o aborto
Entre a lápide e o esgoto
Abro o mundo a minha volta
A razão se incomoda
A minha palavra, o meu desespero
Meu mundo e meu medo
Me cortam como não tivessemos chão
Pai, pão
Mãe, irmão
Nos equilibramos entre o céu a terra
Me vejo na horizontal
No ultimo quebrante
Na noite em que tudo vira ouro
Num passe da mais negra força
Nos olhos da mais linda moça
Serpente de louça
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