Da cabeça, o pescoço
Costura d’alma
Acalma
Da luz puxo um estreito fio
Do fio faço uma arma
Antídoto súbito para a raiva
Do coração arranco o perdão
As mãos a luta, a raíz fincada no chão
Os pés marcham na imensidão
O branco-névoa acaricia minha boa vista
Estrangula a fumaça parindo nuvens
Doces, lindas, como os dias de paz
No coração espalham-se muitas riquezas
Espaços em branco, chamas, tropeços
Dúvidas que acalantam velhas certezas
Ouvirás meu som, um assobio, um gemido
Rasga-se então minha loucura, essa companheira
Tudo que penso é em vão