nos breves instantes da dor
não há o que
contamine
a conquista da sabedoria
oca
forjada na incerteza
da razão
repousa no arco do
dia
o contínuo momentum interno
encaixe simétrico e
preciso
entre o prazer e o
desespero
na sela do aqui e agora
somente a cruzada seminal
da solitude e da solidão
a via-crucis se
recolhe
apaga-se um altar
a cura dos males da vida
é a fonte dos verdes
e azuis
que encapsula os
sentidos
e repousa o corpo inerte
na luz
o dia está em silêncio
desliza na vala
abissal
de uma sensação comum